Paixão Colorada
Marcelo Gonzatto: quero os meus 90 minutos de volta

Alguém deveria devolver aos colorados que assistiram a Juventude e Inter os 90 minutos de vida que foram desperdiçados em um domingo de sol e calor. Que jogo ruim.
Obviamente, qualquer avaliação da partida deve levar em conta que o Colorado atuou com uma equipe reserva e repleta de improvisações. Mas, mesmo assim, foram 90 minutos de péssimo futebol que nem mesmo tiveram grande proveito como laboratório para alguma alteração no time titular que disputa a Libertadores.
Lisandro López teve lampejos de bom jogador, mas não o suficiente para exigir presença imediata na escalação principal. Ernando não chegou a atuar como lateral, mas como um zagueiro na margem do campo. Geferson, ao contrário, foi lateral que atuou mais como zagueiro.
Alan Ruschel foi bem em comparação com ele mesmo, o que não representa muito. Moura foi Moura, ainda que tenha mandado uma bola na trave, e Jorge Henrique demonstrou que não basta um gol para desfazer dois anos de atuações, no máximo, medianas. Melhor não falar de Juan por respeito à terceira idade.
Alisson Farias foi um dos mais interessados no primeiro tempo, confirmou a vocação para o jogo vertical. Mas Aguirre preferiu tirá-lo e manter o "craque tático" Jorge Henrique. E Valdívia, por sinal, ainda não repetiu o nível das atuações do ano passado.
Mas mal mesmo estiveram Paulão, que desistiu de uma jogada que resultou em gol mal anulado do Juventude, e Muriel.
Aliás, como pode os defensores colorados desistirem tão facilmente das jogadas, a exemplo do que fez Fabrício contra o Emelec? Alguém precisa dar um choque de vitalidade e disposição nessa turma.
Em resumo, o Inter teve apenas cinco minutos de bom futebol no começo do segundo tempo. É muito pouco para um time como o Colorado.