Vendo o empate da seleção brasileira olímpica ontem contra a África do Sul, em Brasília, fiquei pensando que talvez tivesse sido muito bom que Rodrigo Dourado e William não tivessem sido convocados para os Jogos Olímpicos do Rio.

Bom para o Inter e para torcida colorada. Não chego à crueldade de achar que os dois não deveriam participar de um grupo que tenta um ouro inédito para o Brasil. Apenas acho que o clube, enfrentando todas as dificuldades que está, seria muito reforçado com a presença destes dois atletas, titulares indiscutíveis de Falcão.

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A verdade é que os clubes adoram quando têm seus jogadores convocados para prestarem serviços às seleções, de seus países, porque isso valoriza uma possível transferência para o Exterior, o que significa dinheiro nos cofres.

Sendo assim, ouço, reticente, que existe uma declaração acalorada por parte de um gestor de futebol, de como uma convocação de um jogador desfalca e prejudica o time. Quem não gosta disso é torcedor como eu, porque toda vez que vemos um bom jogador prestando serviços a alguma seleção, no fundo sabemos que, em pouco tempo, não os veremos mais jogando em nosso time – ele será negociado em breve.

Assim é o futebol

Esta é a nossa atual realidade: forma-se jogadores para que sejam bem negociados, para que gerem lucros, para que sejam investidos na formação de novos bons jogadores. Esse é o futebol moderno.