Paixão Colorada
Zé Vitor Castiel: Horror e demissão
Para se ter uma ideia da falta de convicção prática, o Colorado acabou o jogo com cinco atacantes
A horrorosa partida feita pelo Inter, sábado em Belém do Pará, só poderia determinar a saída do técnico Antonio Carlos Zago.
O Inter foi a campo com uma formação tradicional, embora desfalcado de alguns jogadores, mas não conseguiu demonstrar qualquer esboço de organização. Para um clube que pretende retornar à primeira divisão, organização tática é o fator principal. Sem isso, o que resulta é um time apático em que jogadores correm em campo como moscas tontas e sem capacidade de indignação ou reação.
Por outro lado, o adversário, que era fraco, consegue confiança para atacar e encurralar o oponente. Para se ter uma ideia da falta de convicção prática, o Colorado acabou o jogo com cinco atacantes, deixando o meio- campo liberado para seu fraco adversário controlar a partida e até tentar ampliar o marcador.
Não é possível que um técnico que tenha uma semana para treinar o time e estudar o próximo jogo não consiga formular minimamente uma estratégia para bater um adversário fraco.
Antônio Carlos saiu do comando técnico porque não conseguiu, no tempo em que treinou o time, trazer indignação e organização, tão necessárias à busca da volta à elite. Chego a dizer que Zago pensou pequeno em algumas vezes.
Nome consagrado – Até o momento em que escrevo esta coluna, ainda não havia sido indicado o novo treinador. Penso que a preferência deva recair sobre um técnico consagrado e que seja capaz de organizar o time de maneira que volte a ser protagonista.
A torcida do Internacional está preocupada, e com razão.