Paixão colorada
Marcelo Carôllo: "Demitir é melhor do que contratar"
Inter mostra que saber se livrar de jogadores é uma arte
No colossal processo de reconstrução em que o nosso Colorado se encontra desde aquele infame 2016, uma coisa está bem clara: mais vale demitir bem do que contratar mal. Gastamos, nos últimos anos, caminhões de dinheiro entre Andersons e Seijas da vida sem que houvesse nenhum retorno dentro de campo. Pior ainda: boa parte das contratações caras – para além dos salários elevados – apresenta contratos longos, complicando as rescisões.
Anderson, graças ao Papai do Céu, já foi embora. Seijas, Fernando Bob e Marquinhos devem ter seus contratos encerrados em seguida. Se não há boas notícias no desembarque do Salgado Filho, teremos algumas despedidas de lotar a Goethe neste início de ano.
Vai ter de ser assim, enxugando a folha e fazendo reposições inteligentes, que o Inter vai conseguir o equilíbrio financeiro necessário para se reestruturar de vez. Até porque esse negócio de contratações erradas, salários atrasados, crise e rebaixamento, não é bonito, não, viu. Acho melhor passar longe disso.
Copinha
Mesmo com a eliminação nos pênaltis, depois de dois dias de jogo contra o São Paulo, valeu a pena acompanhar os guris colorados na Copinha. Por muito pouco, o time capitaneado pelo goleiro Carlos Miguel não alcançou a vaga na final do torneio.
Alguns nomes de destaque na Copa São Paulo, que podem ser aproveitados por Odair Hellmann, são: Bruno Fuchs, zagueiro de 19 anos que já tem passagens pelas seleções de base, o atacante corpulento Brenner (autor de seis gols) e o arqueiro-capitão-gigantesco Carlos Miguel, do alto dos seus 2m01 de altura.