Paixão colorada
Marcelo Carôllo: "Perdemos por falta de sorte"
Fomos derrotados não por nos faltar qualidade. Menos ainda por nos faltar empenho
Que troço sacana, essa tal de sorte. Há anos ela nos abandonou. Não lembro bem o que fizemos contra ela, essa vingativa força que hoje nos estapeia. Ontem, contra o Caxias, na luta pela liderança do Gauchão, a cretina resolveu, mais uma vez, rir da nossa cara.
Em um primeiro tempo de alto nível técnico e surpreendente intensidade física _ vale lembrar que estamos ainda no primeiro mês da temporada _, o placar foi aberto graças a uma infelicidade tremenda. Um cruzamento meio esquisito da esquerda que encontra sem querer as pernas de Gabriel Dias e entra.
Desde aquela canelada contra do Geferson, lá em 2015 contra o Tigres, vejo que o azar está agarrado no nosso cangote, enquanto a sorte bate asas bem distante do Beira-Rio.
Perdemos, nessa primeira disputa pela liderança do Estadual, não por nos faltar qualidade. Menos ainda por nos faltar empenho _ é, pelo contrário, elogiável que, aos 49 minutos do segundo tempo, um time que se apresentou há poucas semanas corra tanto quanto o Inter correu. Perdemos por falta de sorte. E, por mais que não seja bonito, "moderno" ou bacana de se dizer: sim, amigo, um bocadinho de sorte do lado certo ainda ganha jogos nesse esporte futebol.
Louco de especial!
Nóia campeão ano passado, Caxias e Brasil dando show nos campos de janeiro... Está muito bom de acompanhar esse nosso Estadual. Enquanto a dupla Gre-Nal não consegue mais se impor como outrora, seja com titulares ou suplentes, o Interior vai fazendo bonito e valoriza esse nosso troféu tão querido. O futebol respira no Rio Grande!