Nostalgia pode ser um saco. Mas, inevitavelmente, lembranças moldam a nossa personalidade e nos acompanham para sempre. A nossa evolução depende do que já vivemos. Por isso, ontem, quando cheguei à redação, vi a notícia de que nesse 12 de fevereiro (anteontem), completaram-se 29 anos do Gre-Nal do Século, o maior jogo já disputado entre Inter e Grêmio e a minha primeira memória boa como colorado.

Bom, o que lembro daquela tarde quente de sol são basicamente três coisas: o vizinho da frente correndo para comemorar o gol do Grêmio, que abriu o placar, o nervosismo do meu pai durante o jogo, e os diversos carros com bandeiras vermelhas e brancas nas ruas de Mariluz, no Litoral Norte, ao fim da tarde. 

É claro que aquele jogo em nada se compara ao que ocorreu depois, sejam as derrotas para Bahia, Olimpia e Juventude, sejam as incontestes conquistas dos anos 2000. Mas, ao ver que quase 30 anos se passaram daquela primeira boa lembrança, veio-me à cabeça que, aos 35, é possível saborear e também lamentar um passado já distante para os jovens que hoje frequentam o Beira-Rio. 

Saborear porque acho equivocado a proibição da cerveja devido à meia dúzia de desajustados. E lamentar porque aqueles estranhos adultos que enchiam suas bexigas nas arquibancadas não raras vezes arremessavam copos e sacolas plásticas cheias de urina concreto abaixo. Pasmem, isso é verdade. E era terrível. Futebol não é teatro, mas ainda bem que algumas coisas ficaram no século passado.

Lateral esquerda

Treinando com bola, Uendel está praticamente recuperado e, em breve, deverá estar à disposição. Vale testá-lo em um dos próximos jogos _ a partir do banco de reservas _ para que, aos poucos, retome o ritmo. Iago poderá ser titular, mas a temporada é longa e é preciso que ambos estejam prontos.