Paixão colorada
Marcelo Carôllo: "O pesadelo após o empate com o Boavista"
Depois de ter sofrido tanto quanto sofremos em 2016, a minha expectativa é sempre pelo pior
Depois do show de horrores de Cascavel, tive uma noite inquieta. Foram horas fritando de um lado a outro da cama, pensando em cada cruzamento errado do Iago, relembrando aquele chute na bandeirinha de escanteio do Damião. Quando finalmente peguei no sono, meu pesadelo veio em forma de premonição, indicando o que vai acontecer com o Colorado no decorrer da temporada.
Ainda em março, Odair será demitido depois de mais um vexame em Gre-Nal. Como o próprio Odair era o melhor interino que tínhamos, ficaremos à deriva por algumas semanas, procurando num escasso mercado algum nome salvador.
Paulo César Carpegiani é anunciado por Roberto Melo. A "identificação com o clube" é destacada na entrevista de apresentação. Começa o Campeonato Brasileiro. Em outubro, o Inter ainda está patinando na tabela. A briga pelo 16º lugar com Ceará e América-MG começa a ficar ruim para a gente, quando a direção resolve que é hora de mudar. Convictos como de costume, Melo e Medeiros demitem Carpegiani e anunciam Beto Campos como comandante para a reta final do Brasileirão, tentando livrar o Inter do iminente segundo rebaixamento.
Despertar salvador
Acordei antes que a coisa ficasse pior. Ainda tentando organizar as ideias, suspirei aliviado quando vi que o calendário ainda indicava fevereiro e a sequência de desgraças ainda não havia iniciado.
Sabe como é, amigo, depois de ter sofrido tanto quanto sofremos em 2016, a minha expectativa é sempre pelo pior. Que o nosso Colorado não torne realidade nada disso que sonhei.