A humildade é a principal característica de Odair Hellmann. Entrevistado após a vitória sobre o Fluminense, na segunda-feira passada, valorizou todo o grupo, dizendo que "não se preocupa apenas do 1 ao 11, mas também do 12 ao 30". Isso explica muita coisa. 

O Inter é um clube de origem humilde. Porém, desde quando se intitulou "Campeão de Tudo", parece que esqueceu o passado e subiu num salto que não lhe pertence. O resultado disso todos sabemos: fomos humilhados e levados a disputar um campeonato que, até então, era uma realidade que não nos pertencia. Era apenas uma piada — daquelas que adorávamos usar. 

O caminho de volta foi árduo, mas as coisas parecem estar novamente no rumo certo. Nesse caminho de resgate do orgulho, antes recuperamos a nossa humildade. Sabe quando? No Gre-Nal da Arena, no primeiro turno do Brasileirão. Quando nós, torcedores, sentimos até uma certa "vergonha" ao ver o Inter apenas se defendendo contra o Grêmio, atual campeão da América, que encheu sua casa de torcedores que só queriam saber de quanto seria a goleada.

Objetivo alcançado

Enquanto isso, no vestiário da Arena, Odair Hellmann mostrava ao grupo que era a hora de se olhar no espelho e concluir: precisamos reconhecer que hoje somos inferiores ao nosso rival. Não podemos querer jogar de igual pra igual. E temos de sair daqui sem a derrota. 

Foi feio? Foi. Mas o (humilde) objetivo foi alcançado. Que as lições tenham sido aprendidas. E que nunca mais deixemos de carregar junto com a nossa camisa vermelha, ela, a HUMILDADE.