Paixão colorada
Lelê Bortholacci: "Ganhou quem quis jogar e perdeu quem preferiu fazer o antijogo"
Inter se abalou com o com contra no início, mas conseguiu virar com as mudanças no segundo tempo
Eu nunca tinha visto um primeiro minuto afetar tanto um time como aconteceu no domingo (30) no Beira-Rio. Enquanto Víctor Cuesta sangrava e era atendido fora de campo, Emerson Santos e Marcelo Lomba não se comunicaram e entregaram um gol para o fraquíssimo Vitória. A partir daí, o Inter se abalou.
A equipe demorou para se encontrar em campo e esbarrou na inoperância de dois jogadores essenciais para a criação de gols, mas que fizeram um primeiro tempo abaixo da critica: Pottker e Nico López. Somado a isso, a lentidão na articulação do meio e um Vitória que se postou todo atrás para se defender e fazer cera.
Mesmo com as atuações muito ruins de Pottker e Nico, Odair não mudou o time no intervalo. É parte de seu sistema de trabalho não substituir no vestiário, mas creio que ele ainda possa rever isso. Tem dias que 45 minutos são suficientes para concluir que um determinado jogador não está numa boa jornada.
Foram necessários mais 10 minutos pra Pottker ser substituído. A partir da entrada de Camilo, o Inter reagiu, criou mais chances e empatou com Damião, num clássico gol de centroavante. Nico até melhorou, mas abusou da individualidade e do preciosismo, perdeu uma chance clara de gol e também foi substituído.
Vice-liderança
Na reta final, o Inter esmagou o Vitória e fez o gol da virada, mal anulado pela arbitragem — a mesma que marcou um pênalti inexistente para nós, que D'Alessandro converteu e garantiu a vice-liderança. No fim, ganhou quem quis jogar e segue na disputa pelo título. Perdeu quem só veio fazer antijogo e luta para não cair.