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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: "Rossi é puxado, sim"

Não tem como dizer que ele "apenas" se jogou. Existiu o toque. O quanto ele desequilibra o jogador pode gerar discussão, até com um professor de Física

06/11/2018 - 07h00min


Félix Zucco / Agencia RBS
Árbitro adicional indicou o pênalti para o principal

Mais uma vez a polêmica das arbitragens dominou os debates pós-rodada do Brasileirão. Como eu já disse aqui neste mesmo espaço, enquanto a CBF não profissionalizar os árbitros — e tem dinheiro de sobra para isso — assim continuaremos. O prejudicado em uma rodada será beneficiado na outra. A balança vai pesar mais contra um, depois contra outro, e por aí vai. 

Sobre o lance do pênalti que originou o segundo gol do Inter contra o Atlético-PR, confesso que na hora, no estádio, achei que foi. Ao escrever a coluna logo depois do jogo, fui pela opinião da transmissão da Rádio Gaúcha, tanto do Diori Vasconcelos quanto do Pedro Ernesto, que tiveram acesso ao replay, e consideraram o pênalti como "inexistente"

Só que vou ter que discordar dos dois: na segunda-feira (5) revi o lance inúmeras vezes e voltei a ter a mesma impressão da hora do lance: Rossi é puxado, sim. Valoriza — e muito — a queda. Mas não tem como dizer que ele "apenas" se jogou. Existiu o toque. O quanto ele desequilibra o jogador pode gerar discussão, até com um professor de Física.

Coerência

Só que a memória sempre pode ajudar, não é mesmo? No Gre-Nal do primeiro turno, na Arena, há um pênalti praticamente igual — não marcado — no gremista Cortez, cometido pelo lateral Fabiano, do Inter. Pode procurar o vídeo: os lances são de entrada em velocidade, onde há um toque do defensor, que desequilibra quem está indo atrás da bola. 

No programa "Bola nas Costas", um dia depois, eu disse que "foi pênalti para o Grêmio e o juiz não marcou". Mantendo a coerência, pênalti em Rossi, no último domingo (4). Só que dessa vez, o juiz marcou.


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