Paixão colorada
Lelê Bortholacci: "Inter fica refém das vitórias"
Começo de temporada tem sido marcado pelas críticas da torcida ao desempenho colorado
Entra ano, sai ano, e nada muda. Os testes que poderiam ser feitos no Gauchão, visando às competições de maior importância no calendário, acabam não acontecendo. Por mais que se planeje o início de ano, são os resultados que dão – ou não – a sustentação para a continuidade do que foi projetado. O torcedor não quer saber. Ele é passional.
O mesmo torcedor que, no final do ano passado, dizia que se deveria usar o Campeonato Gaúcho para testar todas as alternativas de time possíveis, agora exige uma vitória já no próximo jogo e a escalação do time titular. E assim, mais uma vez, lá vamos nós correr atrás do prejuízo na tabela de classificação. Porque a exigência da torcida nos torna reféns dos resultados.
Nossa cultura é assim e não vai mudar. Testar jogadores e formações diferentes nos primeiros jogos do ano é bem menos importante do que o placar final. A reação da grande maioria da torcida, após duas derrotas em três jogos, é bem clara. Algo deve mudar.
Queremos alternativas
Odair Hellmann, como qualquer treinador, tem suas convicções. E algumas delas não se justificam com o que vemos em campo. Descontados todos os aspectos de um início de temporada, existem problemas no time que já conhecemos desde a reta final do ano passado.
Também precisamos – e queremos – ver em campo alternativas à saída de Damião, sejam elas um substituto de mesma característica ou novas formas de chegar ao gol adversário, sem contar apenas com bolas alçadas na área.