Paixão colorada
Lelê Bortholacci: "O que dizer da segunda derrota do Inter no Gauchão"
Colorado jogou muito mal e levou 2 a 0 do São José
Um jogo às 17h no calor desumano de Porto Alegre, em um gramado totalmente diferente do que os jogadores estão acostumados, torna quase impossível uma análise decente do que houve neste domingo (27) no Passo D’Areia. Era o terceiro jogo do Inter no ano, e o terceiro time diferente.
São testes e mais testes que Odair Hellmann faz com o numeroso grupo que agora tem. O novo gramado sintético do São José foi problema até para os próprios jogadores do time da casa. A bola quica e ganha ainda mais velocidade. A dificuldade em trocar passes era nítida, e o primeiro tempo se foi com quase nenhuma chance de gol. Com a temperatura do gramado superior aos 50°C, foram necessárias duas paradas técnicas para reidratação.
No segundo tempo, a mudança de estratégia do Zequinha deu resultado. Já que era quase impossível trocar passes, os chutes a gol passaram a ser a alternativa. E, assim, abriu o placar, com um golaço de Marcio Jonatan. Lá foi o Inter correr contra o prejuízo, de novo. Empilhando atacantes, nada resolvendo e deixando aquele espaço pro contra-ataque.
O que já havia sido fatal contra o Pelotas resolveu o jogo a favor do São José: a bola parada. A segunda derrota em três jogos. O terceiro gol de bola parada. Já são 70 minutos sem gol de um atacante. O início de 2019 é preocupante.
As consequências
Por mais que as condições de jogo impeçam análises mais complexas e os diversos testes que Odair esteja fazendo sejam necessários, os resultados incomodam e atrapalham. As cobranças chegaram bem antes do que o planejamento previa.