Paixão colorada
Lelê Bortholacci: "Vitória do Inter teve mais transpiração do que inspiração"
Era nítido o nervosismo dos jogadores quando chegavam perto do gol
Foi uma noite de mais transpiração do que inspiração no Beira-Rio. Mas o que mais importava, aconteceu: a vitória. O primeiro tempo lembrou o jogo contra o Veranópolis, quando muitas chances foram criadas, mas nada de a bola entrar. A necessidade do resultado acabou gerando ansiedade. Era nítido o nervosismo dos jogadores do Inter quando chegavam perto do gol. E a coisa só foi piorando com o passar do tempo.
Na segunda etapa, Odair Hellmann resolveu atender aos pedidos da torcida para botar os guris da base em campo. Aos 13 minutos, o treinador colocou Pedro Lucas no lugar de Santiago Tréllez e, aos 21, sacou Neilton para dar uma chance ao Sarrafiore. Pode até não ter mudado muito, mas melhorou. E foi numa falta sofrida justamente por Pedro Lucas que surgiu o gol do Inter. Um gol numa sobra de bola, que caiu nos pés de Moledo, que só teve de empurrar para o fundo das redes. Eu poderia até dizer que foi um gol feio, mas prefiro a máxima do futebol que diz: "não existe gol feio; feio é não fazer gol".
Entende do assunto
Foi de Pedro Lucas, também, a outra chance viva de gol, que só não entrou porque desviou no ombro do jogador do Brasil-Pel, num lance em que o goleiro já tinha sido vencido. O simples posicionamento do garoto nesse lance, ao se deslocar para o meio da área quando Nico López foi ao fundo, já mostra que ele entende do assunto.
O guri sabe se posicionar, tem imposição física e já entrou encarando os experientes jogadores do time xavante. Mostrou personalidade e merece ser titular no próximo jogo.