Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: o que realmente faz um campeão é o grupo, não o time
São inúmeros exemplos na história do Inter e de diversos outros clubes que provam isso
A sequência de seis vitórias vai dando a Odair Hellmann a tranquilidade que ele não teve no início do Gauchão para testar alternativas para a equipe neste longo e atarefado ano que teremos. A utilização de um time inteiro diferente do outro nos últimos dois jogos, ambos com bons resultados, mostra que o coletivo tem qualidade. E por mais que exista um chamado "titular" — e só 11 possam sair jogando — o que realmente faz um campeão é um grupo.
São inúmeros exemplos na história do nosso clube e de diversos outros aqui do Brasil e do mundo que provam isso. E, se tem algo que está me deixando entusiasmado neste começo de temporada, é justamente saber que estamos formando e fechando um elenco. Fazia tempo que eu não saía de casa num domingo pra ir ao Beira-Rio ver entrar em campo um time considerado "reserva" ou "alternativo", sabendo que a maioria dos que jogariam têm plenas condições de disputar vaga na equipe "principal".
Depois, ao final dos 90 minutos, vou embora com ainda mais certeza disso. Coloquei as aspas de propósito ali em cima. Quem ouviu a entrevista de Odair após o jogo contra o Aimoré, entendeu. Internamente, não existe time titular, principal, reserva ou alternativo. Existe um grupo que quer brigar por títulos.
O coletivo que contagia
Era nítida a vontade de todos que estiveram em campo no domingo. Eles sabem que a oportunidade pode aparecer a qualquer momento. Um time que tem atletas multicampeões como D'Alessandro e Rafael Sobis dando o melhor de si, mesmo fora da equipe "titular", agrada e contagia a torcida.