Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: será que empatar é melhor do que ganhar?
A impressão que dá é que o Inter teve um mau resultado com os três pontos que conquistou contra o Palestino
Tem coisas que são difíceis de entender aqui na aldeia. Pelo que se ouviu e se leu depois das estreias da dupla Gre-Nal na Libertadores, a impressão era de que o Grêmio ganhou e o Inter empatou. Inacreditável! Tudo bem, eu sei que a atuação colorada não foi um primor e que o gol contou com uma boa dose de colaboração do goleiro – mas será que não é melhor ganhar assim do que empatar um jogo em que se perderam inúmeras chances, como foi o caso do favoritíssimo time de Renato Portaluppi? Ou, agora, empatar fora é melhor do que ganhar fora?
Voltar com um ponto em qualquer estreia na Libertadores, fora de casa, sempre é bom. Com três, é melhor do que a encomenda. Além dos pontos, é uma oportunidade única para dar confiança e tranquilidade a todo o grupo. Anima a torcida e turbina a venda de ingressos para o jogo da próxima quarta-feira, que pode valer a manutenção da liderança isolada do grupo e — dependendo do resultado entre River e Palestino — uma distância de cinco pontos para o terceiro colocado. A cada ponto somado, mais valorizados serão os três da vitória no Chile.
O professor estava certo
Quando um treinador vai a fundo em suas convicções, sabe que está entre o céu e a terra. Já aprendemos que Odair tem as suas, concordemos ou não. Patrick só foi escalado porque o treinador insistiu nele, e acabou como um dos melhores em campo. Foi bem individualmente e coletivamente, dando sustentação para Edenilson fazer uma de suas melhores partidas pelo Inter. Manter a mesma pegada e intensidade que teve no Chile é o grande desafio de Patrick. Se fizer isso, não sai mais do time.