Paixão Colorada
Marcelo Gonzatto: não há razão para temer um Gre-Nal na Libertadores
Inter e Grêmio podem se encontrar nas oitavas de final do torneio mais importante da América do Sul
Com as classificações garantidas para a próxima fase da Libertadores, Inter e Grêmio poderiam se enfrentar já nas oitavas de final. O presidente colorado, Marcelo Medeiros, já avisou que prefere evitar esse confronto em uma fase ainda intermediária da competição. Entende-se: um Gre-Nal em etapa decisiva de um torneio importante como a Libertadores injetaria milhares de litros de adrenalina pelo Rio Grande afora.
Não se falaria de outra coisa durante semanas. Os problemas da cidade, do Estado, do país seriam deixados em segundo plano por dias e dias. Só se falaria em Gre-Nal, só se pensaria em Gre-Nal, todos só enxergariam vermelho ou azul diante de si. Um gatuno poderia furtar a Estátua do Laçador no meio da tarde e talvez ninguém percebesse.
Para um dirigente, claro, não é uma situação confortável. Um duelo dessa dimensão no meio do ano poderia representar a glória, mas também um tsunami de problemas, cobranças, questionamentos. É razoável e prudente, do ponto de vista administrativo, que um eventual choque com o rival ocorra somente em uma sonhada final.
A história favorece o lado vermelho
Mas, como torcedor, se até algum tempo poderia haver algum receio em enfrentar o tricolor do Humaitá, que vinha em um momento muito superior, hoje a situação já é outra. O Colorado vem se firmando, se impondo dentro e fora de casa diante de adversários difíceis.
Além disso, a equipe vermelha tem um retrospecto bastante favorável em confrontos de mata-mata com o rival desde o célebre Gre-Nal do Século, passando pelos clássicos que conduziram aos título da Copa do Brasil em 1992 e da Sul-Americana em 2008. Pode ser melhor enfrentar o Grêmio apenas mais adiante, mas não há qualquer razão para receio. Embora clássicos sejam imprevisíveis, a história favorece o lado vermelho.