De 2008 a 2016, fui conselheiro do Internacional e, nesse período, uma das questões que tentei mudar — e não consegui — foi o aumento do mandato do presidente do clube, de dois para três anos. Finalmente, esse assunto volta ao debate do conselho e, ao que parece, as opiniões mudaram por lá. 

Minha ideia sobre isso é muito clara: com 24 meses para trabalhar, uma diretoria passa, no mínimo, seis meses deles se adaptando ao clube e deverá dedicar pelo menos o mesmo tempo para preparar a transição para um novo mandato — no caso de uma hipotética vitória de outro grupo politico. Isso significa um tempo “efetivo” de trabalho de um ano. É muito pouco. 

A cada dia que passa, mais e mais exemplos aparecem provando que a continuidade é a maior responsável pelas glórias no futebol, dentro e fora de campo. Por isso, sou totalmente a favor do aumento do mandato para três anos. Tomara que os conselheiros concordem.

A responsabilidade de cada colorado. Claro que existe o outro lado. Imaginem uma diretoria como a de 2015/16 com mais um ano para destruir o clube. Mas aí, amigo sócio colorado, a responsabilidade passa a ser sua. Se você não aprendeu a votar depois dos episódios de 2015/16, sinceramente, não sei o que precisa acontecer com o clube para você se informar a fundo sobre cada pessoa que se candidata aos cargos do clube. 

Nos dias de hoje, o acesso à informação é muito fácil. E o seu direito a votar, legítimo. O sucesso do aumento do mandato do presidente não diz respeito apenas a uma decisão do Conselho Deliberativo. Ele também passa por você.

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