Paixão colorada
Lelê Bortholacci: o edifício ao lado do Beira-Rio e o conservadorismo egoísta
Questões extracampo pouco importam se favorecem Inter ou Grêmio, desde que seja para o bem dos porto-alegrenses
O debate sobre a construção de um grande edifício ao lado do Beira-Rio volta a mostrar para o mundo todo uma das piores características do gaúcho: o conservadorismo egoísta. É incrível como algumas pessoas não tenham a mínima vergonha em torcer — e argumentar — contra projetos que podem trazer inúmeros benefícios a cidade como um todo.
Lembram da verdadeira "lenda" que foi a aprovação do projeto da revitalização da nossa orla? E que hoje ela é um dos principais cartões postais da Capital? Pois é. E quando envolve a maldita grenalização, aí sim, piora de vez.
Eu, graças a Deus, já me livrei desse mal há bastante tempo. Consigo entender que as questões extracampo pouco importam se favorecem Inter ou Grêmio, desde que seja para o bem dos porto-alegrenses. Muito já me manifestei a favor de que o poder público intervenha para melhorias no entorno da Arena do Grêmio.
Morei no Humaitá por cinco anos e minha mãe mora lá até hoje. Sei quanto os moradores do bairro sofrem em dias de jogos e, também, o quanto esperam por melhorias na estrutura do bairro, principalmente nas questões de mobilidade urbana.
Projeto que só traria benefícios
Agora, a questão do edifício com mirante ao lado do estádio colorado divide opiniões e pode impedir a cidade de ter mais um ponto turístico, gerador de empregos e impostos.
É o tipo do projeto que só traria benefícios à nossa cidade, que, ainda se mantém bela, mesmo com tanta gente torcendo contra. O progresso, meus amigos, não é nem vermelho, nem azul.