Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: para sonhar com G-4, Inter precisa repetir atuação do segundo tempo contra o Santos
Equipe soma apenas seis pontos nas seis rodadas do returno do Brasileirão
No primeiro jogo sem Odair Hellmann, o Inter não passou de um 0 a 0 contra o Santos e, agora, soma apenas seis pontos nas seis rodadas do returno do Brasileirão. O clima de “ressaca” da torcida pós-perda da Copa do Brasil ainda segue. Foram pouco mais de 13 mil colorados que encararam a tarde quente de domingo — e que ameaçava chuva — para ver um time que acabou de ficar sem treinador e que vinha de uma derrota para a menor folha salarial da Série A.
Pelo que se viu no primeiro tempo, parecia que mais uma derrota se desenhava. Sem nenhuma agressividade e com excessos de individualismo — os mesmos que já ocorriam sob o comando de Odair — o Inter quase nada criou e ainda viu o Santos chegar com perigo algumas vezes. Patrick — um dos que mais gruda a bola no pé e perdeu algumas vezes a posse justamente por isso — saiu para o intervalo vaiado.
No vestiário, parece que o interino Ricardo Colbachini viu o que estava errado, corrigiu e o Inter voltou outro time. Agressivo, trocando bolas com rapidez sempre em direção ao gol e fazendo o sistema defensivo do Santos trabalhar. O mesmo Patrick que saiu vaiado foi responsável por diversas jogadas de ataque, algumas de força e outras com ótimos passes. Fez até gol, anulado pelo VAR. Mesmo VAR que anulou mais um gol de Guilherme Parede. O sexto nesse campeonato.
Eu diria que o VAR teria uma tarde inquestionável, pois os dois gols foram bem anulados. Só que, infelizmente, não foi dessa vez que vi isso acontecer. Uma falta escandalosa não marcada em Patrick, dentro da área — daquelas que não precisaria nem do vídeo para ser assinalada — passou “despercebida” pelos gloriosos ocupantes da central do VAR e suas dezenas de câmeras. Ou eles viram, avisaram e, mais uma vez, o árbitro não quis conferir no monitor. Nunca saberemos enquanto não tivermos acesso aos áudios.
Caminho do G-4
O que sabemos é que, no domingo, o Inter mostrou claramente que pode brigar por uma vaga no G-4. É só jogar como no segundo tempo. Ou, se preferir ficar fora da Libertadores 2020, o futebol do primeiro tempo é o caminho.