É preciso virar a página. A derrota na final da Copa do Brasil ainda não foi bem digerida pelo Inter. Essa sensação ficou clara no clima estranho pairando no ar do Beira-Rio no jogo contra o Palmeiras. Murmúrios da torcida, que viraram vaias. Impaciência evidente. A sensação de desconforto foi confirmada na discussão entre Guerrero e Emerson Santos no CT Parque Gigante. Tudo segue muito recente. 

Ainda é preciso aparar arestas entre Odair Hellmann, jogadores e a galera colorada. Há uma implicância desmedida de certos setores da torcida com o trabalho do treinador. Injusta, penso eu. No balanço, há mais acertos do que erros. Alguns aspectos poderiam ser melhor explicados. Questões pontuais. É exagero imaginar que está tudo errado.

Vamos combinar que, se tivesse ocorrido, a conquista da Copa do Brasil pelo Inter seria algo fora da curva do que se desenhava com a reconstrução do clube, após a nefasta gestão Vitório Piffero. Decidir um título nacional, algo que não ocorria há dez anos, era inesperado. Com a final, veio o sonho do título, mas trouxe a reboque a frustração da derrota. 

Está tudo errado no Beira-Rio? Não! Todas as ideias de Odair Hellmann são equivocadas? Não! O grupo atual ainda pode dar boa resposta nesta reta final do Campeonato Brasileiro? Sim!  É preciso ajeitar a casa, reagrupar forças e focar no objetivo principal, que é a vaga na Libertadores. Deixar que um vendaval leve tudo e se construa uma nova estrutura do zero, não parece ser uma boa ideia a essa altura do campeonato.

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