Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: desde o Gre-Nal da Libertadores, passamos pela maior mudança das nossas vidas
Segundo clássico válido pela competição sul-americana ocorreria nesta quarta-feira
Quando Lulu Santos e Nelson Motta escreveram, lá em 1983, o clássico da música brasileira "Como Uma Onda", jamais imaginaram que boa parte da letra cairia perfeitamente na realidade de 2020. "Tudo muda o tempo todo, no mundo" é o que realmente define a nossa vida desde o último dia 12 março, quando foi disputado o primeiro Gre-Nal por uma Libertadores.
Depois daquele jogo, não houve mais futebol com público aqui em Porto Alegre — Inter e Grêmio jogaram no domingo posterior, ambos com portões fechados — a Libertadores e o Gauchão pararam, o novo coronavírus chegou até nós e nossas vidas foram viradas de cabeça pra baixo. Foi tudo muito rápido. Brusco. Intenso.
Independentemente se você acredita ou não nesta pandemia mundial — sim, mesmo com o número de mortos se aproximando dos seis dígitos, ainda há quem não se convença — tem de concordar que ela bagunçou com nossas vidas e, hoje, nos impede de vivermos o segundo Gre-Nal pela Libertadores.
Exatamente. Talvez você nem tenha se dado conta mas neste 8 de Abril, às 21h30min, Internacional e Grêmio estariam em campo no Beira-Rio pela Libertadores. E sabe-se lá quando esse jogo vai acontecer. Se não sabemos, ainda, nem da volta ao nosso cotidiano normal de trabalho, quem dirá da retomada do calendário do futebol.
Espero que seja para melhor
A realidade é que estamos passando pela maior mudança das nossas vidas. Costumes, hábitos corriqueiros e manias mudarão. Espero, sinceramente, que seja para melhor. Até porque, depois de viver e aprender com o isolamento social, "nada do que foi será do jeito que já foi um dia".