Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: o ano que nunca acaba
Quanto mais se mexe, mais se descobre os absurdos ocorridos em 2016
Sim, você já leu este título aqui neste mesmo espaço não faz muito tempo. E provavelmente vai ver outras vezes. Quanto mais se mexe, mais fica claro como conseguiram a façanha de colocar o Inter na segunda divisão.
A mais nova descoberta ocorreu na quarta-feira, durante o programa Bola nas Costas, da Atlântida. O ex-jogador Alex contou que, durante aquele fatídico ano, um treinador mandou outro atleta do grupo o agredir de propósito. Não, você não leu errado: um técnico que estava na casamata colorada pediu para que um de seus comandados atingisse propositalmente um companheiro num treino.
Isso me causou um misto de indignação e nojo ainda maior do que o já existente com os principais envolvidos na página mais triste dos 111 anos de história do Inter. Imaginem o nível da baderna que era a gestão do clube naquele ano para permitir que absurdos como esse ocorressem enquanto nós, torcedores, fazíamos nossa parte, pagando as mensalidades e comparecendo em peso aos jogos, com a doce ilusão que adiantaria alguma coisa.
E não foi em qualquer jogador que o treinador mandou bater. Estamos falando de Alex, atleta e cidadão exemplar, multicampeão pelo Inter. Jogador que chegou a marcar contra nós no Beira-Rio e se negou a comemorar.
Mais um capítulo triste
Talvez a própria história de Alex — não só no Inter, pois também venceu títulos de expressão fora daqui — incomode a esse tipo de “profissionais” do futebol, que mais se destacam por suas bizarrices do que pelos resultados. Mais um capítulo triste do interminável 2016. Qual será o próximo?