Intensidade é a palavra de ordem imposta por Eduardo Coudet desde sua chegada ao Inter. Todos os jogadores precisam ter capacidade física de aguentar o ritmo idealizado pelo treinador, forte capacidade de marcação e encurtamento de espaços dos adversários. Nesse aspecto, residem as dúvidas sobre a titularidade de D’Alessandro. 

Muitos analistas e torcedores colorados pensam que o gringo deve ser reserva, por não conseguir entregar aquilo que Coudet espera. Afirmam que os melhores momentos na temporada foram sem D’Alessandro no time. Porém, ficam algumas questões para avaliarmos. O craque argentino consegue manter o pique durante os 90 minutos? O que mais vale na hora da decisão do técnico: a superior qualidade técnica ou o fôlego que ele pode entregar durante uma partida? Tema de debates acalorados.

Sempre sou partidário da escalação dos jogadores de maior qualidade. Se um treinador pode contar com um jogador como D’Alessandro, mesmo estando com 39 anos, considero que o melhor é iniciar a partida com ele. Joga até aguentar. Além disso, ele tem de atuar na sua posição de origem. Não adianta escalar D’Ale mais avançado, quase como um atacante, porque ele acaba não rendendo o mesmo. Ficou comprovado nas partidas em que tivemos essa situação. O argentino tem de jogar na dele, armando as jogadas, fazendo a bola correr.