A vitória convincente sobre o Santos deve fazer o técnico Eduardo Coudet manter a mesma formação para encarar o Fluminense. Os três pontos mantiveram o 100% de aproveitamento no Brasileirão. Um detalhe curioso, que confirma porque o futebol é um esporte interessante. 

O excelente desempenho do Inter contra o Peixe teve no meio-campo a escalação do velho e criticado tripé de volantes usado por Odair Hellmann com Lindoso, Edenilson e Patrick. Utilizando os três jogadores ao mesmo tempo, o antigo técnico era acusado de retranqueiro. Agora a mesma formação é saudada pelas mãos do treinador argentino. 

Há tanta diferença assim entre os times de 2019 e 2020? Se formos comparar, Boschilia assume a função que era de D’Alessandro. Thiago Galhardo, com ganho considerável em relação ao excesso de individualismo de Nico López, atua como o homem mais próximo de Guerrero. 

Tem sido personagem importante. Como na era Odiar, Lindoso fica como um primeiro volante, não atuando mais atrás dos zagueiros como no início do ano. Edenilson chega a frente como elemento surpresa, muitas vezes pisando dentro da grande área adversária. Fez até um golaço contra o Peixe. Já Patrick executa a mesma função pela esquerda. 

Para funcionar bem, o atual esquema de Coudet precisa de saída de bola pelos lados com qualidade. Na direita, Saravia já evoluiu na jogada pelo lado. O argentino pode evoluir com a sequência de partidas. Agora falta Moisés dar uma contribuição melhor na esquerda.Além disso, é preciso corrigir a bola aérea defensiva, que tem encontrado problemas com frequência na temporada. Intensidade é a palavra do momento no Beira-Rio, mesmo com o antigo tripé de volantes permanecendo vivo.