Queda de desempenho
Luciano Périco: o retrocesso do Inter de Eduardo Coudet
Derrotas recentes e susto contra o América de Cáli-COL ligam o sinal de alerta no Beira-Rio
As ausências de Edenilson e Patrick no clássico Gre-Nal fizeram com que Eduardo Coudet desse um passo atrás na ideia de formatar o meio-campo do Inter. Na verdade, uma decisão embasada na teimosa. Vamos fazer um exercício de memória. No início da temporada, com os perigosos jogos eliminatórios de pré-Libertadores, o treinador argentino optava pela escalação de Musto e Rodrigo Lindoso ao mesmo tempo. Até havia uma explicação de ter um certo resguardo, mesmo com a sobreposição de atletas para a execução da mesma função. Claramente, um esquema cauteloso.
Depois de um primeiro tempo no Gre-Nal, quando teve apenas uma chance de gol através de Thiago Galhardo, Coudet optou por manter a mesma escalação para a etapa final. A produtividade da equipe colorada indicava a necessidade de alterar peças. Além da falta de criação de jogadas, com Musto e Lindoso, Marcos Guilherme era uma figura apagada dentro de campo. Já estava provado que a criatividade do time sofre com a presença de dois volantes. Coudet demorou para colocar D'Alessandro em campo. O gringo só entrou quando placar já estava favorável ao Tricolor.
A quarta derrota, em cinco Gre-Nais da temporada 2020, coloca Coudet sob pressão. Por mais que o Inter esteja brigando na ponta de cima da tabela no Brasileirão e ainda permaneça na liderança do grupo E da Libertadores - agora ao lado do Grêmio - os resultados negativos no clássico pesam contra o treinador argentino.
Além disso, as derrotas recentes, para Goiás e Fortaleza, e a dificuldade para derrotar o América de Cali-COL dentro do Beira-Rio, preocupa demais a torcida colorada. Surgem os primeiros questionamentos mais fortes em redes sociais. Nos bastidores, a confiança no técnico ainda não foi abalada. O sinal de alerta está ligado no Beira-Rio. A queda de desempenho é evidente.