O desempenho em campo está mostrando uma assustadora queda de rendimento do Inter. O time teve uma clara involução. O conceito de intensidade projetado por Eduardo Coudet sumiu do mapa. O desânimo do treinador argentino é evidente em suas manifestações. Ele parece insatisfeito com o grupo de atletas que tem à disposição para montar a equipe. Apesar da necessidade, não há previsão para a chegada de reforços. Os dirigentes já deixaram claro que a saída será a utilização da base.

No Gauchão, o Inter ficou fora da decisão do título conquistado pelo Grêmio. Chegou a liderar no Brasileirão e tem uma classificação encaminhada na Libertadores da América. Mas o momento é de sinal de alerta na longa temporada. Os números confirmam o momento de baixa do Colorado. Em setembro, o time de Coudet teve apenas duas vitórias em nove partidas. Um aproveitamento insuficiente de apenas 37%. Além disso, o azar veio com tudo no Beira-Rio. Com grave lesão no joelho direito, perde Saravia, titular com status de seleção argentina, para o restante da temporada. O mesmo já havia acontecido com Guerrero. 

Eduardo Coudet vai precisar encontrar o diagnóstico para o desempenho da sua equipe ter caído tanto. O argentino terá que sacudir o vestiário para reconstruir o time que chegou a liderar o Brasileirão. O treinador  ainda tem que parar de reclamar publicamente dos jogadores que tem à disposição. O primeiro desafio para a retomada é o Gre-Nal de sábado (3) pelo Brasilerão. 

Mais do que uma retomada na competição, o clássico envolve toda uma questão psicológica criada por uma sequência de derrotas nos últimos jogos. Em cinco enfrentamentos em 2020, foram quatro resultados negativos. Outro detalhe: o Inter não conseguiu marcar gol no Grêmio. O Gre-Nal pode ser um divisor de águas. Caso não consiga vencer dentro da Arena, a pressão vai pesar ainda mais para cima de Coudet.