Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: o caminho para uma virada improvável
Segurar o ímpeto inicial do adversário e tentar abrir o marcador numa escapada pode ser o primeiro passo para o Inter
A esperança que a gurizada nos deu depois do jogo contra o Atlético-MG tem de ser trabalhada com cuidado. Jovens sempre tendem a oscilar. Portanto, depositar neles a responsabilidade exclusiva de que tudo vai melhorar no Inter pode nos trazer mais decepções. Mas, mesmo assim, eu apostaria neles no jogo de quarta-feira (9) contra o Boca.
Além de estarmos em desvantagem nos 180 minutos, não temos mais nada a perder. Só a vitória nos serve. O fator mais "pesado" para os jogadores inexperientes não estará presente na Bombonera: a torcida do Boca. O clima de pressão que só existe naquele estádio não será obstáculo e isso pode, sim, influenciar no desempenho dos garotos.
Imagino — e até entendo — que, mesmo assim, Abel deva optar por começar com um time mais experiente, pelo contexto geral, já que o jogo é fora de casa e temos de reverter o placar. Será um confronto de extrema dificuldade e uma estratégia mal armada pode acabar com tudo muito cedo.
Repetição da ideia de jogo
Como no último domingo (6), segurar o ímpeto inicial do adversário e tentar abrir o marcador numa escapada pode ser o primeiro passo. Rejuvenescer o time para a parte final do jogo também deu certo. É claro que o rival de quarta é mais qualificado. A competição é mais difícil. E toda a tensão de uma partida eliminatória estará presente. Mas temos de considerar a hipótese de repetição desta ideia de jogo. O caminho para uma virada improvável pode ser esse.