A banca paga e recebe
Lelê Bortholacci: dificilmente o Inter perderia se não houvesse a interferência da arbitragem
Expulsão de Rodinei foi contestada por maioria dos especialistas
Meu sentimento segue dividido entre saber que perdemos muitos pontos bobos neste Brasileirão - e isso faz, sim, um titulo escapar - e, ao mesmo tempo, ter a certeza absoluta de que dificilmente perderíamos o jogo de domingo (21) se não houvesse a interferência indiscutível da arbitragem.
Digo "indiscutível" porque o lance da expulsão de Rodinei é quase unanimidade entre cronistas esportivos e torcedores de todo o Brasil - à exceção, claro, de alguns flamenguistas e gremistas. Faz parte do jogo. Assim como erros e acertos da arbitragem, que acontecem na grande maioria dos jogos pelo Brasil.
Você já leu aqui várias vezes eu dizer que "a banca paga e recebe". Continuo com esta ideia, porque é a nossa realidade. Se houve a "dúvida" no gol de Dourado contra o Vasco -e, até hoje, nenhuma imagem comprovou impedimento -, não houve dúvida nenhuma no pênalti inventado contra nós mo mesmo jogo. Se reclamam do suposto pênalti em Ferreirinha no Gre-Nal, não lembram que, no primeiro turno, o gol do Grêmio surge de uma falta escandalosa em Galhardo, que nem o árbitro, nem os auxiliares, nem o VAR viram.
Se questionam o pênalti marcado contra o Bragantino, não lembram de um não marcado a nosso favor no jogo contra o Bahia, quando Peglow chutou e a bola desviou na mão do zagueiro baiano.
São erros e acertos pra todos os lados. O de domingo (21) foi diferente pelo simples fato de que o mesmo árbitro, neste mesmo campeonato, em outras quatro oportunidades, puniu com cartão amarelo jogadas semelhantes. É isso que deixa o mistério no ar. Mas vamos em frente. Ainda não acabou.