Por mais que o futebol sempre nos surpreenda, tem coisas que não mudam. Cometer erros como os que o Inter cometeu na quarta-feira (10), custam caro. Muito caro. Mesmo que eu não goste de individualizar falhas, neste jogo elas foram decisivas para a mudança de rumo de uma partida que tinha um roteiro bem previsível. 

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Enquanto o jogo estava “normal”, o Sport mantinha seus 11 jogadores no campo de defesa. Para eles, sair daqui com um ponto, seria lindo. Mas aí veio a falha de Uendel — que falha com frequência em momentos decisivos — e tudo mudou. Faltou, inclusive, poder de decisão para ele, pois um gol do adversário seria menos prejudicial do que uma expulsão. Com um a menos, já era complicado. Mas sempre pode piorar. A falha de Dourado no meio-campo e a inexperiência de Lucas Ribeiro pioraram realmente as coisas. Mesmo em desvantagem no placar e no número de jogadores, o empate veio. Era para ir para o vestiário e reorganizar a casa. 

Mas aí veio a falha mais bisonha, quando Marcelo Lomba — o mesmo que fez aquela incrível defesa contra o Bragantino — agiu como um juvenil e ficou esperando a arbitragem marcar uma saída de bola. Logo ele que pode usar até as mãos. Pega a bola e cai agarrado nela lá na placa de publicidade, pô! Deixa que o juiz apita, meu goleiro! É o tipo de lance que desestrutura qualquer possibilidade de reação.

Final de uma temporada maluca, jogadores bastante desgastados, ficar com 10 aos 25 do primeiro tempo e entregar de bandeja dois gols para o pior ataque do campeonato podem ter custado o campeonato para o Inter. Os únicos que poderão reverter isso são os próprios jogadores pois, incrivelmente, ainda dependemos de nossas próprias forças.