O Inter chegou muito perto de conquistar o Brasileirão. Por mais que o Colorado tenha legitimidade para reclamar das polêmicas de arbitragem nas últimas rodadas, é importante também fazer um mea-culpa pelos pontos que deixou pelo caminho. A derrota para o Sport, time que brigava na ponta de baixo da tabela, dentro do Beira-Rio vai ficar como o maior tropeço da caminhada.

Na real, vamos combinar que o atual grupo de atletas conseguiu um desempenho além da expectativa de todos. Ultrapassou todas as turbulências da saída intempestiva do argentino Eduardo Coudet e de uma mudança de comando diretivo, com uma eleição belicosa entre os grupos políticos. Méritos para Marcelo Medeiros, Alessandro Barcellos e João Patrício Hermann, que conseguiram fazer a transição sem maiores problemas para o vestiário.

Em pelo menos 14 rodadas, o Colorado esteve na liderança. Claro que a arrancada na fase final, tendo o comando de Abel Braga criou um cenário positivo para a conquista. Não deu o título no detalhe. Ficam muitas lições. 

Agora é preciso olhar para frente. A vinda de Miguel Ángel Ramírez, que será confirmado nos próximos dias, indica o desejo de implantar uma ideia de futebol. Considero uma boa aposta. Será um indicativo de um maior espaço para os guris da base. É hora de tentar manter os atletas experientes que deram boa resposta. Com certeza, haverá assédio de outros clubes aos destaques do time colorado. E por fim, contratar de forma pontual, como deve ser a confirmação de Taison para o meio do ano. É hora do Inter recomeçar.