O Inter confirmou nesta quinta-feira (11) o empréstimo de Guilherme Pato para o Cuiabá, time novato da Série A do Brasileirão em 2021. Decisão surpreendente. O atacante de 20 anos atuou nas três partidas do Colorado no Gauchão, duelos contra Juventude, Pelotas e São Luiz. No jogo contra o Papo, inclusive, fez o gol da vitória. No último confronto em que vestiu a camisa colorada, na derrota contra a equipe de Ijuí, ele teve uma atuação discreta. 

Mas tudo indicava que poderia ser aproveitado pelo técnico Miguel Ángel Ramírez no grupo principal. Não digo uma titularidade absoluta. Mas poderia ser uma boa opção de jogador de velocidade pelo flanco. A alegação do Inter para a liberação do jogador, que foi destaque na conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2020 e retornou recentemente de empréstimo da Ponte Preta, é que o guri precisa de mais rodagem. 

Fico com impressão de que a medida vai na contramão do discurso adotado desde o início da gestão de Alessandro Barcellos no Inter de dar mais espaço para a base. Se é para manter jogadores mais experientes no grupo, com custo maior e sem resposta definitiva, como Marcos Guilherme, por exemplo, porque não manter o jovem? 

Óbvio que o treinador que está chegando ao clube tem toda a legitimidade de fazer escolhas conforme a sua ideia de futebol. Pelas informações de bastidores que recebi, a questão determinante para a não utilização de Guilherme Pato é a sua baixa estatura. O atacante tem 1,64m. Ramírez prefere atletas mais altos. Com contrato até  dezembro do ano que vem, no Cuiabá, Pato terá espaço para disputar a Série A, a Copa do Brasil e a Copa Verde.