Na estreia oficial comandando o Inter, Miguel Ángel Ramírez fez novos testes na escalação e na implantação da ideia do jogo de posição. A defesa foi a mesma que venceu o Ypiranga no Gauchão com Danilo Fernandes no gol, mais Rodinei, Zé Gabriel, Cuesta e Moisés. Lindoso apareceu como primeiro volante, trabalhando entre os zagueiros e fazendo a conexão com os meias Edenilson e Praxedes. Marcos Guilherme e Patrick ocuparam os flancos. Na frente, chance de Thiago Galhardo mostrar serviço. 

Ainda faltou naturalidade nas ações do time colorado. A equipe parecia travada na primeira etapa. A melhor chance de marcar foi do Novo Hamburgo, em uma bola que teve toque do goleiro colorado e raspou na trave. A evolução será lenta e gradual. Não há milagre. 

Na etapa final, o Inter voltou atacando mais o time do Vale dos Sinos. Como meia, Praxedes cresceu de desempenho. A primeira troca de Ramírez foi Abel Hernández no lugar de Thiago Galhardo, que pouco produziu. 

Na insistência, na velha arma da bola parada, o Inter fez 1 a 0 com Marcos Guilherme, que estava sumido na partida. Logo após marcar, o atacante saiu para a entrada de Yuri Alberto pelo lado direito. Pode ser uma alternativa no futuro quando Guerrero estiver em plenas condições, apesar de Ramírez ter dito na coletiva que prefere o camisa 11 como centroavante. 

Heitor entrou no lugares de Rodinei, Nonato teve uma oportunidade na função de Edenilson. Por fim, chance para Lucas Ribeiro na zaga e a colocação de Cuesta do lado com a saída de Moisés. O treinador explicou que essa situação foi utilizada em caráter emergencial.

O Noia teve chance de empatar. Danilo Fernandes conseguiu salvar. A vitória do Inter foi justa. Qualquer crítica mais forte no momento será exagerada. É preciso ter calma. Há muito o que melhorar na equipe de Ramírez no Beira-Rio.