Paixão colorada
Lelê Bortholacci: as dificuldades de adaptação do Inter ao esquema de jogo
Jogadores que se destacavam em temporadas passadas têm sofrido com o estilo adotado por Miguel Ramírez
A vitória de quinta-feira (3), pela Copa do Brasil, teve dois tempos bem distintos do Inter. Ninguém discorda que o segundo foi bem melhor do que o primeiro. O detalhe é que, pelo menos no papel, era para ter sido o contrário. Principalmente se considerarmos que Patrick e Edenilson — as duas principais peças do Inter vice-campeão brasileiro — ainda não se encontraram no esquema de Miguel Ángel Ramírez.
Essa dificuldade nos leva a questionar: o que acontecerá se jogadores como eles não voltarem a render bem, como fizeram na mão de outros treinadores? Estamos falando de dois nomes que já foram considerados inegociáveis quando houve oportunidade para que deixassem o Beira-Rio. Só que, hoje em dia, o caixa do clube não permite grandes gastos, e uma das possibilidades reais de negócio seria com a inclusão de jogadores que têm bom mercado.
Eu não gostaria que nem Patrick e nem Edenilson saíssem. Mas a dificuldade de adaptação de ambos ao modelo de jogo de 2021 pode mudar seus próprios status de titularidade absoluta — tanto de um quanto de outro, ou até dos dois.
Para pontuar
O Inter tem um difícil jogo neste domingo (6), contra o Fortaleza. A grande expectativa é se os novos nomes que foram a campo contra o Vitória seguirão no time, casos do goleiro Daniel e do volante Johnny. Também queremos ver se as mudanças realizadas no segundo tempo em Salvador se refletirão em mais novidades na equipe que entra em campo.
É importante aproveitar a situação que nosso adversário encara: o Fortaleza deve poupar jogadores para a Copa do Brasil, em que enfrenta o rival Ceará. Chance para o Inter pontuar. Poucos times conseguirão isso no Castelão.