Se na semana passada depois daquela atuação melancólica contra o Ceará alguém me dissesse que o Inter sairia pra enfrentar Chapecoense e América-MG fora de casa e voltaria com quatro pontos, eu duvidaria. Mas Diego Aguirre remobilizou o vestiário, mexeu corretamente no time e a consequência foi imediata.

Nem o impacto causado pelos gols sofridos aparece mais. Em vez da depressão que tomava conta do time com qualquer revés, nestes dois últimos jogos, quando vazado, o Inter soube sofrer e correr atrás. Até com jogador de linha indo para o gol.

A única questão que incomoda, e não é novidade para ninguém, é a nossa fragilidade defensiva na bola aérea. Isso precisa ser urgentemente corrigido, seja com o posicionamento dos zagueiros ou com a contratação de novos nomes para o setor. São muitos gols sofridos de maneira idêntica. E vêm aí adversários que têm especialistas em gols de cabeça. Que essa providência seja tratada como prioridade no Inter.

Show de futebol na Euro

Impressionante o nível dos jogos da Eurocopa, principalmente se compararmos ao que estamos vendo na sonolenta Copa América. Parece outro esporte. Apenas ontem, foram dois jogos empatados em 3 a 3, mais duas prorrogações, uma delas com mais dois gols, totalizando a incrível marca de 14 gols em 240 minutos de futebol.

Importante também salientar as surpresas em campo, inclusive com a eliminação de três favoritas ao titulo já nas oitavas de final. E, por último, os estádios com público, consequência de políticas eficazes de combate à pandemia com vacinação acelerada. Pelo menos lá, o show recomeçou de verdade.