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Luciano Périco: nenhum planejamento resiste a fiascos no campo
Colorado busca a reabilitação contra o Vitória pela Copa do Brasil na quinta-feira (10)
O que fica da vexatória goleada sofrida pelo Inter para o Fortaleza? O resultado deixa uma sensação ruim de terra arrasada no Beira-Rio. Parece que está tudo errado e que Miguel Ángel Ramírez é o grande responsável. Só que a culpa pelo fiasco no domingo (6) precisa ser compartilhada. Treinador, jogadores e dirigentes. Há uma clara involução no trabalho do treinador. Faz tempo que o Colorado não joga bem. O campo tem mostrado isso nos últimos jogos.
Vamos todos puxar pela memória: quando foi a última atuação incontestável da equipe do Inter? Talvez o 6 a 1 contra o Olímpia. Depois, o bom futebol em momentos esporádicos em algumas partidas. Como implantar um sistema, qualquer um que seja, sem repetição da escalação? No Castelão, o treinador mexeu demais no time. Poupou de forma exagerada. Descaracterizou completamente a equipe. Pecado grave.
E a parcela dos atletas na péssima atuação de domingo? Grande também. Muitos jogadores estão rendendo muito abaixo da necessidade. A fragilidade defensiva do Inter é clara. Mostra grandes dificuldades contra adversários com um pouco mais qualidade. E os dirigentes? Por enquanto, ainda estão bancando o trabalho de Ramírez. O bastidor indica o aumento do tom das cobranças ao espanhol.
Mas podemos apostar, que o respaldo dura até o momento que a pressão fique insustentável. Acredito que todo o trabalho precisa de tempo. Imediatismo no futebol, não resolve. Só que, com fiasco como ocorreu contra o Fortaleza, fica difícil defender uma longa sequência. A resposta de todos no Beira-Rio precisa ser urgente. A começar pela obrigação se classificar contra o Vitória na Copa do Brasil.