Resposta
Luciano Périco: o Inter quer mudar não mudando
Receita apontada pelo ex-presidente Pedro Paulo Záchia, na década de 1990, manteve o técnico Celso Roth no cargo quando a equipe vivia uma crise de desempenho dentro de campo
A grande questão do jogo contra o Vitória é saber como o Inter vai reagir após a violenta pancada sofrida em Fortaleza. O confronto terá que marcar um recomeço do trabalho de Miguel Ángel Ramírez. Uma correção de rota em meio à turbulência. Hora de mudar. Claro, que não será o momento para o treinador radicalizar na escalação. Mas será necessário ser cirúrgico nas escolhas. Não creio que o time baiano, que trocou o comando técnico com a chegada de Ramon Menezes, vá criar grandes dificuldades para o Colorado. Com a vantagem de poder empatar, a vaga está na mão.
O primeiro ponto para o treinador espanhol é recolocar os titulares importantes que ficaram de fora da equipe no Castelão, a começar por Cuesta, Edenílson e Taison. Por aí, o time já cresce muito em qualidade.
Ramírez terá que encontrar um substituto para Lucas Ribeiro com problema no tornozelo. A melhor opção ainda é Pedro Henrique, que leva vantagem sobre Zé Gabriel por ser zagueiro de origem. Hora de dar nova chance para Johnny. Manter Patrick no meio-campo, como sempre jogou. Não como ponteiro preso na linha lateral.
Mesmo com o retorno de Palacios da seleção chilena, a dupla, Thiago Galhardo e Yuri Alberto, deve unir forças na frente. A resposta anímica do grupo também terá que ser enérgica. Isso é o mais importante em um cenário negativo. Mas do que confirmar a classificação na Copa do Brasil no duelo com os baianos, Ramírez precisa salvar o seu trabalho.