Mais do que os três pontos e a tranquilidade para focar na Libertadores, a vitória sobre o Juventude trouxe boas notícias pro Internacional. A principal delas, sem nenhuma dúvida, foi voltar a vencer no Beira-Rio. Isso só aconteceu por consequência de dois fatores essenciais: voltamos a fazer gol e paramos de levar. 

Na frente, a criação de jogadas parece melhorar a cada jogo tanto que, ontem e no Gre-Nal, os melhores jogadores dos adversários foram seus respectivos goleiros. Falta, sim, um pouco mais de capricho no penúltimo passe e na conclusão, mas isso o próprio entrosamento vai gerar. 

Já na defesa, a chegada de Bruno Méndez deu a Víctor Cuesta mais segurança. Estávamos precisando de um zagueiro que, apenas, se preocupe em “ser zagueiro”. Sua função é proteger nossa meta, impedir o adversário de chegar próximo dela e, se necessário, chutar a bola para onde o nariz apontar. E ele ainda mostrou que tem técnica e boa impulsão. Há quanto tempo não ficávamos três jogos sem sofrer gols?

Simultaneamente a isso, vamos vendo nomes que antes eram considerados “titulares absolutos” - como Patrick e Moisés - longe de suas melhores atuações enquanto seus substitutos vão mostrando serviço. É a saudável concorrência interna que só traz benefícios ao time. A tendência é melhorar.

É tudo meio lógico, mas vai nos mostrando que a engrenagem pode estar começando a se encaixar. Temos que considerar que ainda há atletas importantes no departamento médico e que Aguirre está tentando organizar um time sem conseguir realizar treinamentos táticos. Depois do jogo contra o Olimpia, finalmente, teremos 15 dias com jogos apenas nos finais de semana. Classificação na quinta-feira (22) e esse respiro no calendário, é tudo que Aguirre quer.