A história se repetiu. Como em 1989. Dentro do Beira-Rio, o Olimpia eliminou o Inter da Libertadores nos pênaltis. Mesmo com toda a fragilidade dos paraguaios, já vista na fase de grupos quando as duas equipes se enfrentaram, o Colorado foi muito incompetente para botar a bola na rede nos 90 minutos na noite desta quinta-feira (22). Construiu várias oportunidades. Mais uma vez, falhou na pontaria. Na chance mais clara, Taison - o melhor do Inter em campo - carimbou a trave. O goleiro Aguilar também fez defesas importantes. 

Para completar o cenário de que as coisas não iriam dar certo, Edenilson perdeu uma penalidade na etapa final. Fato inédito. O volante nunca havia errado uma cobrança vestindo a camisa colorada. A partir desse momento, ficou claro que o ânimo da equipe desandou. Depois do 0 a 0 no tempo normal, na decisão por pênaltis, a cobrança displicente de Thiago Galhardo chutou para longe as chances de encarar o Flamengo nas quartas de final. Além disso, jogou fora uma premiação de cerca de R$ 8 milhões. 

O ex-treinador Muricy Ramalho, certa vez, afirmou com precisão que a bola pune. Foi o que aconteceu no Beira-Rio. Depois de cair para o Vitória na Copa do Brasil, o Colorado fracassa também na Libertadores de novo dentro de casa. Com poucas chances de brigar pelo título do Brasileirão, a temporada colorada será apenas para cumprir tabela. Quem sabe ainda disputar uma vaga nas competições continentais. Muito pouco para um clube do tamanho do Inter.