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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: A lição que fica da saída de Thiago Galhardo do Inter

Coincidentemente ou não, desde que ele foi para a Seleção a relação com o torcedor começou a ruir

26/08/2021 - 09h00min


Lelê Bortholacci
Lelê Bortholacci
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Ricardo Duarte / Inter,Divulgação
Thiago Galhardo vai jogar no Celta de Vigo sob o comando do técnico Eduardo Coudet

Quanto mais as redes sociais vão fazendo parte da nossa vida, mais vamos aprendendo sobre a influência que elas podem gerar tanto no pessoal como no profissional. Uma das profissões que mais está sentindo esta mudança, certamente, é a dos jogadores de futebol.

Saber gerir o que se mostra nas redes é tão importante quanto o que se rende dentro do campo. Com os números que atingiu no Inter, Thiago Galhardo teria tudo para estar de bem com a torcida até seu ultimo instante no Beira-Rio. 34 gols e 11 assistências em 82 jogos significam, praticamente, participação direta em gols a cada dois jogos. Se lembrarmos do ano passado, na época que chegou a ser o goleador do campeonato brasileiro - e seus números eram ainda melhores - até as entrevistas dele eram saudadas, por apresentarem respostas muito bem articuladas, bem acima da média de seus colegas de profissão. Mas as coisas mudaram.

Coincidentemente - ou não - desde que foi parar na Seleção Brasileira, esta relação torcida/jogador começou a ruir. Sim, houve um declínio técnico mas, também, pesou muito o péssimo uso de suas redes sociais.

Desde provocações desnecessárias a rivais em 2020, até a recente exposição de um comportamento “tô nem aí” pro momento do time dentro das quatro linhas - ou um “não sou titular, quero ir embora” se você preferir - a consequência é uma saída do clube com números expressivos, mas em litígio com grande parte da torcida. Que sirva de lição pra ele e para outros atletas. Cada vez mais, as redes sociais farão parte do conjunto de itens que compõem o nível de profissionalismo de cada um deles.

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