Em ascensão
Lelê Bortholacci: na teoria, jogo bom para o Inter ganhar
Colorado enfrenta o Santos, no domingo, na temida Vila Belmiro


Escrever sobre futebol, principalmente antes de um jogo, é uma ótima fonte de material para o próprio colunista "se queimar". Mas me arrisco a dizer que, se o Inter repetir as duas últimas atuações que teve no Brasileirão, pode vencer seu terceiro jogo consecutivo neste domingo (22), contra o Santos, na Vila Belmiro.
Todo mundo sabe que o time de Fernando Diniz propõe o jogo, fica com a bola. Como Flamengo e Fluminense ficaram nos dois últimos domingos. O Santos precisa dar uma resposta à sua torcida pela eliminação na Sul-Americana e vai atacar. Está sem alguns de seus principais jogadores, e nosso conhecido Marcos Guilherme — que desandou a fazer gols por lá — também está fora (ufa, não vai ter "lei do ex"!).
Na teoria, é o tipo de adversário que o Inter de Aguirre mais quer enfrentar. Se, na prática, isso funcionar, iremos avançar ainda mais na tabela. Vamos, Inter!
Realidade financeira
Nunca se pode normalizar demissões, ainda mais em meio a uma pandemia, com todos seus reflexos na sociedade, mas a atitude tomada pela direção colorada nada mais é do que consequência de erros do passado. A diminuição da folha salarial do futebol já vem ocorrendo. Era previsível que o mesmo acontecesse em outros setores.
Para que se comprove, efetivamente, que este movimento era inevitável, a gestão precisará manter a política de contratações que está executando, com custo baixo e sabendo exatamente o que o clube pode gastar.
Já escrevi isso aqui e repito: o Inter não pode mais continuar vivendo fora da sua própria realidade financeira. Ou muda — e, ao que parece, está mudando —, ou o seu futuro como grande clube estará ameaçado.