Paixão colorada
Lelê Bortholacci: mais um capítulo do amadorismo da arbitragem brasileira
Episódio no jogo entre Flamengo e Bahia escancarou um problema grave no nosso futebol
A divulgação do áudio e vídeo do VAR no lance do pênalti dado para o Flamengo contra o Bahia escancaram o despreparo da arbitragem brasileira. O VAR chamou o árbitro de campo e mostrou, com imagens, que não houve a infração. Mesmo assim, o senhor Vinícius Gonçalves Dias Araújo manteve sua decisão e confirmou o pênalti.
Aí eu pergunto: para que o VAR, se nem a imagem faz o árbitro voltar atrás e corrigir seu erro? Desde que a tecnologia foi implantada, sempre afirmei que o grande problema seria o ego desses senhores. O episódio de Flamengo x Bahia só confirmou isso. E tem algo ainda mais grave: o mesmo árbitro havia apitado Grêmio x Fluminense na terça-feira (9), 48 horas antes. Por que escalar o mesmo cidadão em dois jogos que envolvem duas equipes que disputam a mesma coisa na reta final do campeonato? É muita vontade de se incomodar.
E, pelo visto, Leonardo Gaciba conseguiu. Foi demitido e não comanda mais o quadro de árbitros da CBF. Sinceramente, acho pouco provável que a demissão dele mude algo na arbitragem brasileira. Enquanto ela não for profissionalizada, vai continuar como está. Dinheiro para isso, tem. A CBF só não faz porque não quer.
A chance de Cadorini
Yuri Alberto, um dos titulares indiscutíveis e essenciais de Diego Aguirre, está fora do jogo deste sábado (13) por suspensão. Com isso, surge a oportunidade para Matheus Cadorini começar jogando, algo que ele fez por merecer da forma mais justa possível: dentro do campo.
Nos dois jogos em que entrou, mesmo no segundo tempo, fez gol. Não há cartão de visita melhor para um centroavante. Isso é meritocracia. E me alegra demais saber que ela existe dentro do Inter.