Paixão Colorada
Francisco Luz: no Inter, aquilo que funciona serve de exemplo
Trabalho de Gustavo Grossi nas categorias de base mostra o acerto que foi sua contratação


De tudo que se fala no Beira-Rio sobre conceito de futebol, a busca por um estilo propositivo de jogo e outros assuntos menos destacados, o que fará a maior diferença no futuro do Inter é um novo trabalho de gestão. Modernizar o comando do futebol e do clube não é uma receita simples e nem algo fácil, mas funciona.
Temos o exemplo dentro de casa: em um ano de clube, Gustavo Grossi fez o trabalho das categorias de base atingir patamar de excelência. Como ele já havia feito no River Plate, o melhor exemplo de futebol hoje fora da Europa. Agora faz isso aqui.
O time sub-20 do Celeiro de Ases venceu o Coritiba por 1 a 0 e faturou a Supercopa do Brasil da categoria. Havia vencido o Brasileirão há algumas semanas e, na própria Copa do Brasil, que ficou com o Coxa, caímos na semifinal para os mesmos adversários em uma atuação inexplicável do time.
Antes disso, ainda em 2020, com a direção passada, levamos o penta da Copa São Paulo. A base, hoje, é o que o Inter tem de melhor. Resta saber como usar isso para o futuro colorado.
O trabalho feito por Gustavo Grossi tem como grande destaque justamente aquilo que se passa nos bastidores. Não depende mais de um técnico — Fábio Matías, que por anos fora o comandante do time sub-20, saiu de Alvorada e não se perdeu qualidade —, mas de um sistema completo, que funciona e que tem dado resultados também na equipe principal.
O melhor laboratório
Depois de muitos anos, enfim começamos a ver alguns dos guris que têm se destacado com chances. Matheus Cadorini é o exemplo mais claro, e ao longo de 2021 o banco de reservas sempre teve várias opções criadas em casa.
Que o Gauchão sirva como oportunidade para mais guris, em diversas posições. E que a direção entenda e use o exemplo da base para transformar de vez o futebol profissional do Inter em 2022.