Para o bem e para o mal, Patrick é um dos símbolos do Inter desde 2018. Um jogador que chegou sem muito destaque, em um momento ruim do clube, de reconstrução, e que viveu os altos e baixos das últimas quatro temporadas. 

O camisa 88 terminou 2021 em baixa no Beira-Rio, mas desperta interesse de outras equipes Brasil afora. Para o bem dele e do Inter, vejo sua saída como a melhor solução para todos.

Não sinto prazer em dizer isso, pois Patrick viveu grandes momentos com a camisa colorada e, em um mundo justo, teria pelo menos um troféu no armário para celebrar sua passagem por aqui. Mesmo que nunca tenha sido o jogador mais constante do mundo, ele foi importantíssimo em 2019 e na temporada 2020, especialmente na reta final do Brasileirão que quase, quaaaaaase, vencemos. Mas, assim como muita gente no time, ele também sofreu demais com a perda do título nacional — e parece não ter mais como recuperar aqui o grande desempenho que teve.

Patrick, Cuesta, Edenilson, Dourado... esses caras fizeram por merecer algo grande. Fizeram e jogaram o suficiente para faturar grandes taças —ninguém chega a uma final de Copa do Brasil por acaso, muito menos é vice-campeão brasileiro por sorte. Mas futebol também é feito de simbolismos, e a necessidade do Inter de formar um grupo vencedor passa, sim, pela saída de jogadores que não conseguiram se recuperar dos baques de 2019 e 2020.

Torço pelo seu melhor

Se Patrick sair mesmo do Inter, que a imagem dele que fica aqui seja dos muitos gols importantes que marcou, das vitórias que tanto empolgaram e fizeram a torcida sonhar com algo melhor. Ele merece ser feliz e merece coroar sua carreira com grandes conquistas. Aqui, quando as coisas voltarem a dar certo, sua passagem será vista com a importância que realmente teve. E, se ficar, que Patrick se recupere e ajude o Inter a subir de patamar, enfim.