Inter



Paixão Colorada

Francisco Luz: o Inter precisa jogar como time grande

Novo treinador gosta de jogar para frente, e o clube precisa disso para o futuro

29/12/2021 - 09h00min

Atualizada em: 29/12/2021 - 09h00min


Francisco Luz
Francisco Luz
Enviar E-mail
Ivan Storti / Santos/Divulgação
Marinho é um dos nomes na mira da direção

De tudo que li e ouvi sobre Cacique Medina, o que mais me agradou é que ele pensa futebol como protagonista. O novo treinador do Inter gosta de times que ataquem, que busquem o gol, acima de tudo, e faz tempo que isso é exceção, e não a regra, no Beira-Rio. Medina monta times que jogam para a frente, por vezes de forma mais direta, por vezes com a bola trabalhada, mas isso depende dos jogadores que terá à disposição. O importante é a ideia.

Não é simples adaptar caras talhados em um modelo para que atuem em outro. Temos exemplos em casa: em 2008, o Inter era um time em busca de estilo, depois da saída de Abel e da chegada de Tite. O treinador que hoje comanda a Seleção levou algum tempo até afinar todos os detalhes, mas em 2009 montou uma equipe fortíssima, e aquele grupo, que perdia poucos jogadores a cada temporada, teve sua base mantida pelos quatro anos seguintes. Com isso, tanto fazia quem era o técnico, o Inter tinha um estilo de posse de bola, de centralização das jogadas, de aposta na velocidade pelos lados com um 4-5-1 que durou bastante tempo.

Por outro lado, a partir de 2016, mas principalmente de 2017 em diante, os jogadores buscados eram sempre mais defensivos, que pouco ficavam com a bola. Fosse com Odair, com Abel, com Aguirre, o Inter atacava pouco. Coudet mudou isso — e nos fez sonhar. Ramírez tentou, falhou, não deu certo.

Que se cumpram as promessas

A direção garantiu que está de olho no mercado por extremas e por laterais que apoiem bem. Medina precisa disso para ter chance de trabalhar bem. E o Inter, mais do que tudo, precisa disso para mudar de estilo e ser, outra vez, protagonista.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias