Ao que tudo indica, o Inter deve anunciar Alexander Medina como seu novo treinador durante este feriadão de Natal. O (provável) futuro comandante colorado chegará ao Beira-Rio com uma certeza, a de que representa uma convicção da direção de futebol, mas também com uma dúvida: quanto vale essa convicção? Uma dúvida que não é só dele, claro. 

De forma geral, qualquer treinador estrangeiro recebe todos os tipos de garantias ao ser anunciado, no clube que for, mas são certezas que duram bem pouco. Ao primeiro tropeço, à primeira série de resultados ruins, ou de queda de desempenho de um jogador que havia se destacado antes, as convicções viram dúvidas, o apoio some e o trabalho costuma ser encerrado bem antes do que se previa naquele anúncio cheio de poma, poucos meses antes.

O Inter tem sido pródigo nisso. Como o "criador" da tendência recente de buscar técnicos no exterior, vimos o mesmo filme, com pequenas variações no roteiro, repetir-se algumas vezes nos últimos anos. Para ficar apenas neste 2021 que se encerra, Miguel Ángel Ramírez era convicção da gestão Alessandro Barcellos desde a eleição. Faltou combinar com o calendário.

Que seja diferente

O principal segredo para que Alexander Medina tenha a chance de ser bem-sucedido no Inter é simples: ele precisará de tempo. Que o planejamento para 2022 contemple muita paciência no início do trabalho, que o Gauchão sirva para testes, e que o nosso (provável) novo técnico possa, pelo menos, mostrar que merece a convicção depositada nele. Com tempo, Medina pode funcionar. Tomara que tenha.