Novo comandante
Gustavo Manhago: a convicção do Inter nos estrangeiros
Se fosse para anunciar um técnico brasileiro, o Colorado já o teria feito


A demora dos dirigentes do Inter em anunciar o nome do novo técnico para 2022 pode ser vista por outro prisma: Alessandro Barcellos, Emílio Papaléo Zin e Paulo Bracks estão convictos de que o melhor treinador para o time na próxima temporada não fala português. Aliás, o presidente do Inter tem esta predileção e não é de agora. Foi ele, como vice de futebol, que trouxe Eduardo Coudet ao Beira-Rio no final de 2019.
É ele, já como presidente eleito, que não renova com Abel Braga, vice-campeão brasileiro em 2020, no campeonato que terminou em fevereiro de 2021. É Alessandro Barcellos que traz então o espanhol Miguel Ángel Ramírez. Que vai muito mal, é demitido em pouco mais de três meses de trabalho, e substituído por? Outro estrangeiro, o uruguaio Diego Aguirre.
Se fosse para anunciar um técnico brasileiro, o Inter já o teria feito. Afinal, os nomes de Roger Machado e Lisca, estão disponíveis no mercado desde antes do término do Brasileirão. O foco é no técnico de fora.
E eles deram resultado?
Vindo Alexander "Cacique" Medina, uruguaio, que treinava o Talleres-ARG, ou Eduardo Domínguez, argentino, ex-Colón-ARG, o Inter estará fazendo mais uma aposta. Não há nenhuma garantia que o histórico recente deles por lá, se repetirá por aqui. Mas a convicção permanece de que este é o melhor caminho para fazer o colorado voltar a erguer taças.
O último Gauchão foi em 2016. O último título relevante foi a Recopa Sul-Americana de 2011. Portanto, neste período, muitos técnicos brasileiros passaram e não conseguiram também dar resultado. Recentemente, os melhores números foram de Eduardo Coudet. Ia mal em Gre-Nal e sequer chegou à final do Gauchão, mas deixou o clube na liderança do Brasileirão e classificado nas Copas do Brasil e Libertadores. O desempenho de Miguel Ángel foi um fiasco. E o de Diego Aguirre, sofrível.