A atuação no geral foi boa, Bustos mostrou que valeu a pena o esforço em busca-lo antes da hora em Avellaneda, Gabriel e Liziero se entenderam bem no meio-campo e David dá mostras de que pode funcionar bem no ataque, tanto de referência quanto pelos lados. Mas a melhor notícia da vitória no Gre-Nal 435 foi a demonstração pública e (aparentemente) genuína de que Alexander Medina tem o apoio dos jogadores.

Falei sobre isso antes do clássico: o Inter tem sofrido com várias questões que envolvem o grupo de jogadores enraizado há tanto tempo no Beira-Rio. Muitos trabalhos que não deram certo nos últimos anos não foram apenas por culpa dos técnicos que ocupavam a casamata. Era fácil perceber que, mais do que tudo, faltava compreensão, ou vontade, de entender e executar uma ideia de futebol um pouco mais exigente, que fosse muito diferente do que estavam acostumados.

Parecia ser, de novo, o caso com Medina. Principalmente depois da derrota para o Globo. Mas a entrevista feita a pedido dos jogadores, que tentaram tirar a culpa do uruguaio pelo resultado, e a comemoração junto dele ao final da partida de quarta-feira, dão a entender que — pelo menos por enquanto — o Cacique tem o grupo na mão. Se os jogadores agora sabem o que o treinador quer, já é meio caminho andado.

Mais um nome para a frente

Confesso meu total desconhecimento sobre o futebol russo e o glorioso Wanderson, acertado com o Inter devido às sanções econômicas que a Rússia sofre desde a invasão à Ucrânia. Seus números não são os mais animadores, mas no Beira-Rio se fala que ele lembra muito o Valoyes, principal jogador do Talleres treinado por Medina. Vamos ver. Pelo menos, é mais uma opção nova e diferente para o ataque. Precisamos disso.