Paixão colorada
Francisco Luz: existe um futuro para o Inter
Colorado do primeiro tempo me serve muito para o resto do ano
Então, meus amigos, quer dizer que o Inter podia jogar mais do que jogou neste início de ano? A vitória no Gre-Nal desta quarta-feira (9) é daqueles jogos que deixa o cara perdido entre o alívio — sentimento obrigatório depois de vencer um clássico, sempre — e a irritação — porque não fez isso antes e, principalmente, porque era pra ter feito bem mais do que 1 a 0.
O Inter do primeiro tempo me serve muito para o resto do ano. Sei lá o que houve nas conversas de vestiário desde quinta-feira passada, mas finalmente vimos algo da ideia de futebol do Cacique Medina em campo. Gabriel e Liziero foram impecáveis na marcação, na pressão e na saída de bola, sempre com velocidade. Mesmo que Edenilson e Taison tenham sido discretos, ajudaram a fazer número e a ter vantagem no campo de ataque. Mauricio e David tocaram o terror, e Bustos, o melhor nome da noite, mostrou a importância que tem um bom lateral.
Foram diversas chances criadas, mas de novo o Inter pecou demais nas conclusões. Não podemos ser inimigos do gol: esse time precisa aprender a chutar e a ver onde está o goleiro adversário. Aí é só tentar tirar dele. Tem tudo pra dar certo.
Precisamos de grupo
O problema é que ficou nisso. Taison saiu no intervalo, Boschilia entrou e tirou toda essa força e pressão que exercemos no primeiro tempo. É um sinal claro de que, à exceção do Wesley Moraes na frente, falta muito grupo para o Inter. Não temos alternativas para quase nenhuma posição. Serviu para vencer esse time indescritível do Grêmio, mas não vale para o resto do ano. E perdemos a chance de realmente afundar o rival como podíamos. Enfim, mais um Gre-Nal.