Tem dias em que é difícil achar algo novo para falar sobre o Inter. Porque ô clube que não consegue escapar do mesmo círculo vicioso desde março do ano passado: assim que temos um jogo bom, qualquer risco de empolgação morre no berço três dias depois, com uma atuação ruim contra um adversário fraco. Foi isso em todo 2021 — vocês lembram que fizemos 4 a 0 no Flamengo em pleno Maracanã? —, parece ser o roteiro também em 2022.

Nada explica um empate com o rebaixado Guarany, mesmo em Bagé, assim como nada explica uma derrota para o glorioso e eterno Globo. Ao mesmo tempo, como explicar uma atuação tão segura como a do Gre-Nal? São os mesmos jogadores, o mesmo grupo — um grupo que por anos sofria para enfrentar o maior rival. E aí?

Apesar de ter feito só a terceira campanha da primeira fase, o Inter tem a obrigação de levar o título gaúcho. Nossos adversários são um Grêmio em fase ainda pior e dois times de Série C. Não podemos medir palavras neste momento: somos obrigados a vencer o Gauchão. Espero que todos no Beira-Rio e no Parque Gigante tenham noção disso.

Seja onde for

Foi por incompetência nossa que faremos o segundo Gre-Nal na Arena, onde não vencemos há oito anos —aliás, que belo momento para encerrar essa seca. E, se pegarmos o Ypiranga na decisão, azar que a volta será em Erechim. Chegou a hora de vencermos o jogo grande no caminho. Se é só Gauchão, que seja. O compromisso é totalmente nosso.