Paixão colorada
Francisco Luz: quem, afinal, comanda o futebol do Inter?
Clube parece perdido e sem alguém que assuma as rédeas neste momento complicado


Depois da façanha de ser eliminado da Copa do Brasil pelo Globo, um time de Quarta Divisão que tem um único título do Campeonato Potiguar na história, o Inter tomou uma única decisão: limou o diretor-executivo Paulo Bracks. Mais nada. Deve ser por isso que nada foi feito depois do fiasco de sábado (19). Até aqui, nenhuma mudança, nenhum anúncio, nada para mostrar à torcida qualquer tipo de indignação depois de levarmos 3 a 0 de um Grêmio de Série B.
Podemos pensar em diversos motivos para a direção ainda manter Alexander Medina. Mas o principal, acredito, é que no momento o vestiário colorado está sem chefe. Bracks, bem ou mal, representava o trabalho do clube na busca por jogadores, por treinadores, e foi ele quem acertou com Medina em Córdoba. Foram os dois que montaram o grupo para este ano. Uma parte da dupla já foi. A outra vai sair amanhã, ao que tudo indica. E aí?
O único nome presente no vestiário, além do treinador, é o vice de futebol. Emílio Papaléo Zin. Um homem cordato, educado, solícito, mas sem a mínima condição de comandar o futebol do Inter. Ninguém sabe como caiu ali, mas, pelo jeito, será dele um dos votos que definirá o nosso futuro a partir de quinta-feira.
Sem se esconder, presidente
Alessandro Barcellos precisa assumir as rédeas do futebol. Por já ter experiência de vestiário, mas, principalmente, por ser o nome dele em jogo com essa derrocada. No sábado, nosso presidente se escondeu. Espero que tenha sido a última vez.